quinta-feira, 29 de junho de 2017

LIÇÃO 12


Puxa, que bruxa!

Quem será capaz de matá-la de susto? 


Criação: Ivan Zigg

Faça uma descrição da Bruxa desta história em quadrinhos que você acabou de ler.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

LIÇÃO 11



OBJETOS FALANTES

Você sabia que antigos objetos gregos contam histórias?



Não acredita que existem objetos tagarelas? Pois os arqueólogos garantem. Existem utensílios, como os vasos gregos, que falam de fatos e lendas contadas há milhões de anos. Várias dessas cerâmicas resistiram à ação do tempo e foram encontradas em escavações.


(ilustração: Lula)


Os objetos gregos analisados pelos arqueólogos, que são pesquisadores que estudam artefatos antigos, eram decorados com pinturas. É assim que vasos, pratos e outros utilitários dão conta da História. Neles, podemos ver figuras de animais, cenas do dia a dia e até batalhas mitológicas, com direito a heróis, deuses e profetas, que sempre encantaram o imaginário da humanidade. Por meio desses objetos, os cientistas descobriram, entre outras evidencias, como viviam e pensavam as pessoas daquela época.

Como esses objetos resistiram tanto tempo? Segundo os arqueólogos, porque as cerâmicas gregas, como os vasos, eram feitas com uma técnica especial. Primeiro, a argila era preparada. Depois, partes dos vasos, como alças e bases, eram moldadas separadamente, unidas com argila liquida e pintadas. Só depois de todo esse processo, eram levados ao fogo para a secagem.


Vasos contam histórias como a da cidade de Troia. (foto: Sebastià Giralt / Flickr / CC BY-NC-SA )



A batalha de Troia, onde atuou o herói Aquiles – tema de grandes produções para o cinema –, por exemplo, foi contada por pinturas em vasos encontrados há cerca de 500 anos, que mostram os personagens e as cenas da guerra entre Troia e Esparta.

Muitos cientistas não acreditavam que a cidade de Troia tivesse realmente existido – achavam que era fruto da imaginação de seu autor, o grande poeta Homero, que teria vivido na Grécia pelo menos oito séculos antes da nossa era. Porém, ruínas da antiga cidade e seus tesouros foram encontrados por um arqueólogo alemão chamado Henrich Schliemann.

Em escavações feitas no séculos 17, nove cidades foram descobertas, uma em cima da outra. Troia, que fez história, era a sétima sobreposta. Os heróis de Troia e outros mitos que ouvimos desde sempre, além das cenas da vida real grega, são contados pelas cerâmicas encontradas – tesouros da humanidade escondidos no fundo da terra.

(Esta é uma reedição do texto publicado na CHC 205)


Agora é com você!

Após a leitura do texto acima, explique com suas palavras, a escolha do título "OBJETOS FALANTES".  


sexta-feira, 9 de junho de 2017

LIÇÃO 10


Brasileirinha

Conheça o pau-brasil: árvore símbolo do país



Em abril existem duas datas importantes para alguns brasileiros: o dia 21, morte de Tiradentes – que lutou pela independência do Brasil -, considerado herói nacional; e o dia 22 – que foi quando o primeiro europeu pisou em terras brasileiras. E que tal falar um pouco de uma espécie, que hoje é muito rara, mas que era encontrada aos montes há séculos, quando acontecerem esses fatos: o pau-brasil!


O pau-brasil, árvore símbolo do nosso país, é hoje uma espécie muito rara. (foto: Oliveira. W. C.)


Você sabia que essa árvore é protegida por lei e não pode mais ser cortada das florestas? 


Ela é símbolo do Brasil, tem valor histórico e um dia todinho só para ela, 03 de maio, Dia Nacional do Pau-brasil. No período de colonização, quando o território brasileiro era de Portugal, é possível que a grande exploração e a importância econômica dessa espécie tenham gerado a mudança do nome do nosso país de: “Terra de Santa Cruz”, dado pelos portugueses no século 16, para “Brasil”.



Colorido e explorado
Os europeus utilizavam inicialmente a madeira desta árvore para extrair um corante vermelho usado por eles para tingir tecidos. A madeira passou, então, a ser utilizada também para fabricar arcos de violinos, pois era considerada a melhor entre todas as outras madeiras para este fim. Por isso, as populações naturais de pau-brasil, que eram encontradas na floresta atlântica, foram fortemente exploradas, ao mesmo tempo em que a própria floresta era devastada, ocupada e ameaçada.

A floresta atlântica que originalmente se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, por causa da grande exploração, hoje está reduzida a menos de 16% da sua cobertura original e só podemos encontrá-la em pequenos fragmentos. Ainda assim, ela abriga muitas espécies de plantas e de animais, muitas só encontradas nesta floresta. Ainda hoje, mesmo com grande parte da mata destruída, ela ainda é considerada, proporcionalmente, a mais rica em variedade de bichos e plantas do planeta.



Brasileirinha em flor


Paubrasilia echinata (até bem pouco tempo chamada de Caesalpinia echinata) é o nome científico do pau-brasil, que é uma leguminosa nativa da floresta atlântica e que está ameaçada de extinção, incluída na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. A árvore pode chegar a até 30 metros de altura, tem seu tronco e galhos de cor acinzentada e com espinhos. As flores apresentam cinco pétalas, quatro totalmente amarelas e uma que é amarela com uma mancha vermelha no centro. Essa pétala diferente é chamada de “estandarte”, por chamar a atenção das abelhas, que são seus polinizadores. Ela funciona como um guia visual para as abelhas encontrarem o néctar ao visitarem as flores do pau-brasil.


Flor de pau-brasil. (foto: Oliveira. W. C.)



Os frutos são vagens verdes que quando estão maduras se tornam secas e marrons. Esse tipo de fruto é chamado de legume, que é um fruto bem comum na família do pau-brasil. No pau-brasil há espinhos até nas vagens, que alguns autores já compararam com ouriços.

Atualmente, o pau-brasil é muito encontrado em áreas urbanas (praças, parques e avenidas) e dessa forma podem contribuir para a movimentação dos polinizadores entre espaços verdes urbanos e áreas naturais de floresta atlântica próximas desses espaços. Assim, dizemos que suas árvores plantadas nesses locais podem ajudar para a conservação “ex situ” que para a ciência quer dizer “fora do seu lugar de origem”. Mesmo assim, a espécie continua interagindo com o meio ambiente e cumprindo seu papel na natureza.